A Expocachaça reúne mais de 600 rótulos em Belo Horizonte. E ainda tem licor de linguiça na degustação.
Belo Horizonte
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Cachaças do Rio Grande do Sul, as mais caras desta edição da Expocachaça — Foto: Ana Carolina Ferreira/g1 Minas
Se você acha que a cachaça é só aquela “marvada”, a R$ 2 a dose, que fica enfeitando balcões de botecos por aí, pense que tem gente capaz de desembolsar R$ 10 mil por uma garrafa de aguardente.
Guardada em uma caixa aveludada, envelhecida há 21 anos e com rótulo feito de diamante, a cachaça do alambique gaúcho Weber Haus é uma das estrelas da 32ª edição da Expocachaça, evento que acontece em Belo Horizonte. (veja mais abaixo)
“Quanto mais tempo, mais valor agregado à bebida. A de 21 anos ficou todo esse tempo envelhecendo no barril. Nesse tempo há a oxigenação com a madeira e isso se extrai aroma, sabores e coloração, além de outros detalhes que agregam valor ao produto”, explicou Marcelo Pelisson, gerente comercial do alambique.
💵Uma outra opção para quem não quer desembolsar a de R$ 10 mil, é a de R$ 3,5 mil, envelhecida por 12 anos, também do mesmo alambique gaúcho.
Minas Gerais
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Cachaças do Norte de Minas Gerais, região de Salinas — Foto: Ana Carolina Ferreira/g1 Minas
A Expocachaça reúne 160 expositores de 18 estados brasileiros. Grande parte dos rótulos em exposição são de Minas Gerais, estado que tem o maior número de alambiques registrados no país.
De acordo com dados do Anuário de Cachaça divulgado no ano passado, elaborado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, em 2021 dos 936 estabelecimentos produtores de cachaça, 353 estavam localizados em Minas Gerais, estado com maior número de alambiques registrados – quase 40% da produção oficial.
As mais valorizadas vêm do Norte do estado. Uma garrafa de Havana, por exemplo, chega a custar R$ 560.
Isso porque o solo e o clima que só tem em Salinas, cidade famosa pela produção da bebida, fazem com que o produto tenha sabor diferenciado. Mais de 40 rótulos desta região estão na Expocachaça.
“Os produtores estão se profissionalizando e melhorando o produto cada vez mais em todo o país. O Norte de Minas não pode parar no tempo, senão a fama passa e Salinas fica pra trás”, alertou Jean Henrique de Oliveira, presidente da Associação dos Produtores Artesanais de Cachaça de Salinas (APACS).
Que tal um licor de linguiça?
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Garrafas do licor com aroma de linguiça — Foto: Ana Carolina Ferreira/g1 Minas
Mas nem só de cachaça se sustenta o evento. Cervejas e licores também estão presentes. Tem até um de linguiça. Mas calma. Não tem carne no licor.
O que tem é um defumado que faz lembrar o sabor, associado ao chocolate e a pimenta. Mas como isso é feito não pode ser revelado: é segredo.
O produto é de Santa Catarina e foi desenvolvido pelo empresário Silvio Zumach, que, desde 2016, produz licores. É a segunda vez que ele participa da Expocachaça.
“Você sente em três etapas diferentes o sabor: primeiro você sente o chocolate, depois, um leve defumado, que lembra a linguiça e, no final, aquela picância da pimenta”, explicou Silvio.
Expocachaça
- Data: 6 a 9 de julho
- Funcionamento: quinta e sexta, das 14h à 0h; sábado, das 12h à 0h; domingo, das 12h às 22h
- Local: Serraria Souza Pinto – Avenida Assis Chateaubriand, 809 – Centro, Belo Horizonte
- Ingressos: R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia) pelo site da Expocachaça ou na bilheteria da Serraria Souza Pinto nos dias do evento