Em entrevista à TV Globo, mulher disse que, agora, tenta esquecer e se reerguer. Caso aconteceu na última quinta-feira (8).
Uma semana após ter sido sequestrada, estuprada e torturada por um vizinho em Santa Luzia, na Grande BH, a vítima disse, em entrevista à TV Globo, que foi agredida e ameaçada continuamente e que, agora, tenta se reerguer.
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“Eu pedindo pelo amor de Deus para ele poder parar, porque eu não estava suportando apanhar mais. E quanto mais eu pedia, mais ele me batia. O tempo todo me ameaçando de morte”, relatou a mulher de 35 anos.
A vítima contou que conhecia o homem, identificado como Rafael Rodrigues Ferreira, de 48 anos. Ele era vizinho da casa onde ela trabalhava no bairro São Benedito. No dia do crime, ela estava saindo do serviço, parou para amarrar o tênis e foi abordada por ele.
“Eu estava sentada e ele veio com a faca e falou comigo: ‘você vai descer lá para casa agora, porque se você não descer, eu vou te matar'”, contou.
Em seguida, ele seguiu a puxando, o que provocou hematomas que ainda estão visíveis no corpo dela.
“Na hora chegamos na casa dele, ele já me empurrou em cima da cama, arrancou a minha roupa, subiu em cima de mim, me prendeu com as pernas e com os braços e já começou a me golpear com socos na cara”, completou.
A fuga
Depois disso, foram 24 horas de agressões, estupros e ameaças. Durante todo esse tempo, ela estava presa pelas mãos e pelos pés com cadarços.
“Na hora que ele foi tomar banho eu consegui pular a janela. O cadarço da mão ele deixou frouxo e quando eu consegui ver, puxei com o dente e fui desamarrando. Desamarrei também o dos pés, empurrei o madeirite, pulei a janela e fui pra UPA”, relembra.
A mulher recebeu atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e depois foi transferida para o Hospital Odilon Behrens, em Belo Horizonte.
“Daqui pra frente é tentar esquecer. Eu sei que não vou esquecer, mas agora é retomar minha vida de novo”, desabafa, ainda abalada.
Suspeito foi preso em bar, usando cartão dela
O homem foi preso no dia do crime e foi localizado comprando churrasquinho em um bar, usando o cartão da vítima.
“De forma tranquila, estava na rua. Ele possui diversas passagens por homicídio, roubo furto e lesão corporal. Confesso que, em 22 anos de polícia, a gente ver um crime bárbaro desses acontecer, ainda surpreende”, falou o major Henrique Rabello, da Polícia Militar.
Rafael Rodrigues Ferreira está preso no Presídio Inspetor José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves.
